No verão de 2015, o graduado Josh Browder, de Stanford, passou suas noites codificando e desenvolvendo um programa automatizado que ajudaria as pessoas a contestarem multas de estacionamento. Então, o londrino havia conseguido sua carteira de motorista recentemente e ele próprio havia reunido uma coleção respeitável de multas, algumas das quais considerava injustamente aplicadas.
Cerca de três semanas depois, Browder já tinha um produto chamado DoNotPay que ele compartilhava com seus amigos. Um blogueiro do Reddit o pegou e, quase da noite para o dia, como resultado, o DoNotPay passou de 10 pessoas para 50.000 usuários.
Investimento de US $ 12mi
Há uma semana a Startup anunciou que fechou uma rodada série A de US $ 12 milhões. O negócio foi avaliado em US $ 80 milhões. A Startup já tinha recebido anteriormente um investimento “semente” de US $ 4,6 milhões.
Neste contexto, o DoNotPay, que Browder gosta de chamar de “o primeiro robô-advogado do mundo”, passou de ajudar as pessoas com suas multas de estacionamento a auxiliar em mais de 100 áreas diferentes em direitos do consumidor.
De acordo com Browder, que é o fundador e CEO da empresa:
“Nos tempos de crise em que vivemos, muitas grandes empresas estão usando os consumidores como uma tábua de salvação.
Isto é, você vê isso nas companhias aéreas quando elas se recusam a reembolsar as pessoas e, em vez disso, concedem a elas um crédito de viagem. Fazem isso apenas porque sabem que podem se safar”.
Em síntese, a base oferece ajuda jurídica automatizada em disputas de atendimento ao cliente. Tal como, compensação de voo em companhias aéreas ou cancelamento de assinaturas (durante o Covid-19, o uso dessa categoria aumentou mais de 30 vezes), processando empresas em tribunais de pequenas causas, ou analisando contas para encontrar cobranças ocultas (como taxas bancárias ou cheque especial).
Por exemplo, depois que a rede fitness “24 Hour Fitness” entrou em falência, mais de 1.000 usuários enviaram solicitações de cancelamento através do DoNotPay em apenas um dia.
Bowder diz que a DoNotPay atingiu seu milionésimo caso registrado no mês passado e o número de assinantes não para de crescer. Simultaneamente, opera nos Estados Unidos e no Reino Unido, com 90% dos usuários localizados nos EUA.
Como a DoNotPay Ganha Dinheiro
A maneira como a plataforma ganha dinheiro é cobrando dos usuários US $ 3 por mês. Browder diz que a empresa não recebe uma porcentagem do que faz os clientes economizarem/recuperarem e não têm anúncios ou venda de negócios de dados.
Embora Browder não seja um advogado, ele diz que a plataforma trabalha com advogados e especificamente com a American Bar Association, que em janeiro homenageou a DoNotPay com seu ABA Award Brown Award por seu “compromisso de aumentar os serviços jurídicos para aqueles de meios modestos. . ”
Browder diz que o dinheiro que o DoNotPay ajuda os usuários a economizar acabaria perdendo na burocracia do governo ou nos bolsos das empresas da Fortune 500, que segundo ele “têm uma estratégia comercial de ser o mais resistente possível ao consumidor”.
“O que tentamos fazer é dar às pessoas comuns o mesmo poder no sistema jurídico que as grandes empresas”, diz Browder.
Em 2017, Browder, com 21 anos, fez parte da lista de destaque “Direito e Política – Europeus – idade abaixo de 30 anos” da Forbes . Hoje, sua empresa com sede em São Francisco, já recebeu ao todo 16,6 milhões de dólares de investimentos.
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Fonte: Forbes
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