A Natura&Co divulgou seus resultados trimestrais. Isto é, holding das marcas Natura, Avon, The Body Shop e Aesop, a companhia registrou um prejuízo de R$ 338,5 milhões no período.
No entanto, ainda assim, há motivos para comemoração. Afinal, com quase 90% de suas lojas fechadas no mundo durante o avanço do novo coronavírus, a digitalização ganhou espaço e ajudou o lucro da Natura Brasil a crescer em 7,9%.
Ficou comprovado que chegou o momento de acelerar essa presença digital em todas as marcas da empresa. Para isso, ao longo dos próximos seis meses, R$ 400mi foram aprovados para investimentos na junção de canais virtuais e físicos — a chamada omnicanalidade —, e-commerce, vendas por redes sociais e tecnologia de informação. Tudo isso para evitar novas perdas no futuro e facilitar as trocas entre o mundo físico e digital.
“O tema da digitalização é muito falado, muito perguntado. E os resultados são muito animadores.
Nós fizemos 51 anos há algumas semanas. E nossa digitalização começou pra valer em 2015. Assim, são 45 anos num modelo mais offline do que online. Evoluímos muito”, diz Luciano Abrantes, CTO e diretor de inovação da Natura.
Consultoras Digitais
Um primeiro ponto, e que ajudou a Natura Brasil a crescer mesmo enquanto as lojas estavam fechadas, foi a possibilidade de “digitalizar as consultoras”.
Desde 2015, a empresa desenvolve e disponibiliza uma espécie de e-commerce para as consultoras. Assim, lá, elas podem criar suas próprias lojas na internet, fazer os pedidos para a Natura, entender seu público e fazer a consultoria.
Em 2019, fundaram o ecossistema com uma gama de apps, plataformas e funções digitais para suas consultoras.
“A gente se deu conta que tinha um grande ecossistema para trabalhar de maneira desacoplada e, assim, nós vimos que o nosso negócio já estava bastante digitalizado”, conta o executivo.
Com esse serviço já seguro, quando chegou a pandemia, a empresa colheu bons resultados. Segundo Abrantes, cerca de 50% dos pedidos das consultoras já são feitos pelo app da Natura, enquanto 100% das 1,6mi de revendedoras e consultoras parceiras se valem das bases digitais. As vendas online da marca Natura duplicaram em relação ao mesmo período do ano passado. Agora, a ideia é expandir isso ainda mais.
“A gente olhava o digital como algo complementar. Agora, é o core business. Afinal, a Natura já era uma grande rede social offline.
Trafegava vendas, consultoria, conhecimento. Somos um Facebook, somos uma grande rede social, uma Amazon, um Google, por ter tanto conhecimento.
Então, entendemos a pandemia. Vimos que temos uma série de ferramentas disponíveis para nossa economia circular. Ampliamos a rede”. afirma Luciano Abrantes.
Rede de Relacionamentos
Como parte desse importante ecossistema digital, a empresa está indo para um relação sólida com startups. Em 2019, foram mais de 300 interações com startups, 40 delas tiveram suas soluções testadas e nove foram contratadas. Algumas foram absorvidas, outras cresceram. Em 2020, o número já igualou: nove startups parceiras, três delas estrangeiras.
O principal movimento da Natura&Co em direção às startups aconteceu na última semana. A companhia fez um investimento, sem revelar o valor, na Singu — startup de “delivery” de serviços de beleza criada por Tallis Gomes, fundador da Easy Taxi.
Com o aporte realizado, a Natura poderá assumir o controle total da startup, criando mais um braço digital na companhia, de estética em domicílio.
Somos um Facebook, somos uma grande rede social, uma Amazon, um Google, por ter tanto conhecimento” Luciano Abrantes, CTO da Natura
“O objetivo do investimento na Singu é para ampliarmos nosso leque de serviços digitais. É a líder do mercado…
Além disso, é uma empresa com um serviço parecido com o do Uber, para conectar atores da rede. Seja a manicure, o cabeleireiro, sempre com segurança.
Tem muito essa visão de base que estamos falando, que estamos interessados em explorar na Natura. A Singu pode ser um acelerador do nosso futuro”, explica Luciano.
Além disso, vale ressaltar, a Natura também fez parcerias estratégias com as empresas de tecnologia Salesforce e ThoughtWorks. No caso da primeira, a Natura&Co irá agregar soluções digitais com I.A. para marketing, vendas e e-commerce.
Já com a outra, a ideia é agilizar a construção e a evolução dos produtos, bem como, serviços digitais da companhia em suas jornadas de valor no negócio dentro de seus objetivos e produtos.
Próximos Passos
Sobretudo, ao ser questionado sobre os próximos passos da Natura&Co, Luciano Abrantes desconversa um pouco. Afinal, segundo ele, grande parte dos projetos são segredo.
No entanto, diz que continuar a avançar a presença digital da empresa, com todos os serviços sendo oferecidos na base. Além disso, revela que muita coisa já está em fase final de testes com startups e devem ser ditas em breve ao mercado.
“Queremos dar cada vez mais capacidade para nossas consultoras executarem tarefas via plataforma digital.
Posso adiantar que investimos em interfaces de voz. Já fizemos uma demonstração no nosso aplicativo de meditação e deu muito certo. Por meio da Alexa e do Google Assistant, atingimos mercados que nem estamos presentes.
Foi uma experiência muita rica e vimos que, com a voz, podemos expandir nosso mercado”. compartilha o executivo
Fonte: Yahoo
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