Não são apenas as startups de saúde que buscam exames mais rápidos ou possíveis tratamentos contra o Covid-19 que estão crescendo. Desde já, as healthtechs, como a Salvus, apresentam soluções laterais para doença causada pelo novo coronavírus.
Isto é, a healthtech ataca há anos um problema que se agravou nos últimos meses: a falta de hardware e software para o monitoramento de oxigênio medicinal.
Importante frisar, que a Salvus, não pretende apenas investir nas demandas durante a pandemia, mas também quer se consolidar a longo prazo.
O empreendimento criado em Recife (PE) está investindo milhões para levar sua solução de Internet das Coisas (IoT) para mais mercados, ou seja, irá multiplicar o número de leitos atendidos.
Ideia de Negócio: O Hardware e Software
A princípio, a Salvus surgiu através dos amigos de infância Caio Cesar e Maristone Gomes em 2016. Seis anos antes, ambos haviam tido um breve contato com a saúde ao criar um software de agendamento automático de consultas em clínicas.
Logo, foram para o mercado de consultoria, ou seja, Cesar trabalhava com infraestrutura para segurança, enquanto Gomes atuava com tecnologia.
Sobretudo, a ideia surgiu quando o cofundador realizara duas cirurgias, se tornou pai e também recebeu em casa a avó de sua esposa. Veja:
“Tive uma overdose de problemas com o setor de saúde. Vi a dificuldade de gerenciar o cuidado dos pacientes, algo que poderia ter solução por meio da tecnologia”.
Solução
Os empreendedores começaram a trabalhar em uma solução que centralizasse os dados de saúde.
Iniciaram atendendo o nicho de controle do consumo de oxigênio medicinal, por meio do equipamento ATAS O2. Lembrando que, a Salvus oferece um oxímetro com um sistema de ajuda aos níveis de 02.
Por meio da conexão online, a startup libera os cuidadores para focar no atendimento ao paciente, além de, verificar o estoque em tempo real, bem como a realização de uma auditoria clínica automática do tratamento, inclusive em pacientes com Covid-19. Segundo Gomes:
“O estoque do 02 tem limite, mas seu consumo é dinâmico. A falta dele pode ser crucial ao paciente. O controle automático resolve esse problema de forma eficiente, especialmente quando os parentes são os cuidadores”.
De acordo com a healthtech, a economia de 02 é de 35%.
Com o tempo, a Salvus foi expandindo sua oferta. A startup criou um software para gestão de pacientes em cuidado domiciliar em junho de 2019.
O Salvus Home Care tem a medição de O2 medicinal como uma de suas funcionalidades, isto é, hoje, a Salvus atende:
- 60 leitos com o inspeção de oxigênio;
- e 1.900 leitos com o software de home care.
Nova Captação e Planos para 2020
A Salvus foi selecionada para um proveito e incubação no Eretz.Bio, laboratório de startups do Hospital Abert Einstein. A healthtech também foi premiada no BNDES Pilotos IoT, programa pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.
O Covid-19 fez com que a Salvus pensasse em novas soluções. A startup lançou um app gratuito com checklist para profissionais de saúde. Eles podem verificar sua conduta e diminuir seus esquecimentos inclusive nos tratamentos do novo vírus.
“Agora vemos um interesse corporativo em planejar melhor sua retomada nos hospitais. Então, estamos modelando uma versão monetizada do app”, diz Gomes.
A pandemia também agravou a lacuna de fornecimento dos oxímetros. A captação semente da Salvus com o Albert Einstein e o BNDES irá justamente para a produção de mais hardware e para o crescimento de leitos atendidos.
Em suma, entre investimentos externos e recursos da própria startup, serão R$ 3,5 mi investidos na frente de internet das coisas (IoT).
“O maior desafio tecnológico hoje é escalar nossa produção de sensores com segurança e menor custo possível, para atender a demanda do setor”, afirma o cofundador.
Computando contratos já fechados, a Salvus irá faturar R$ 1,5 milhão em 2020. Então, o objetivo é chegar a R$ 3 mi, incluindo aumentar o monitoramento de 02 para 1.500 leitos e expandir a atuação para a cidade de São Paulo.
A equipe deve acompanhar as ambições da startup, ou seja, os 17 funcionários devem virar 35 até o final deste ano, por enquanto, essas contratações acontecem da mesma forma que o 02 é medido pela Salvus: graças à internet.
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