A pandemia de Covid-19 acelerou processos de digitalização para inúmeras empresas, de modo que, quem não era digital precisou correr para implementar processos simples, tais como vendas online e delivery, para conseguir se manter no mercado, com a C&A não foi diferente, criou, seu app de moda.
Mas a varejista centenária, pautada nas formas tradicionais de venda, derrubou hierarquias e, hoje, possui o app de moda mais baixado do Brasil.
Fernando Guglielmetti, head de e-commerce e Digital da C&A, explica que a maioria dos processos já existia, mas que, com a pandemia, a estrutura de gestão foi totalmente remodelada para que a empresa não só se mantivesse ativa, mas também aumentasse sua presença digital e, assim, os lucros durante o período de crise.
As afirmações foram feitas durante o Showcase Brasil 2020, evento promovido pela Zendesk, empresa de desenvolvimento de software, na quinta-feira (20).
E-commerce da C&A
Para tanto, o executivo Guglielmetti conta que, com a explosão da pandemia, a empresa passou a trabalhar com foco em saúde, bem como, caixa para o período, o que mudou toda a estrutura.
“A pandemia não é positiva em nenhum sentido. Em primeiro lugar, pensamos na saúde dos nossos quase 15 mil colaboradores e na perenidade da empresa, pois foram quase 290 lojas fechadas em todo o Brasil, que é a nossa maior fonte de receitas”.
Ainda, de acordo com ele, importante frisar que o e-commerce da C&A foi lançado em 2014 com escalada em 2015. Porém, para que tudo funcionasse como deveria após o fechamento das lojas, foram necessárias mudanças drásticas.
“A C&A é uma empresa familiar com mais de 200 anos no mundo, sendo 40 anos no Brasil. Mas, por conta da crise, precisamos refletir na forma como trabalhamos.
Para que os projetos evoluíssem da maneira como precisávamos, as hierarquias desapareceram, com a criação de grupos multidisciplinares, sendo a maioria com projetos digitais.
Também usamos a metodologia agile. Não adianta pensar daqui a três meses, mas sim entregar o valor ao cliente na semana seguinte”.
Ainda segundo o executivo, foi necessário reduzir investimentos para equilibrar as finanças.
“Desaceleramos em alguns pontos, mas não no digital. Apostamos na mudança perene porque essas mudanças não durarão apenas na pandemia, isso chegou para durar. O cliente que se digitalizou no período não vai voltar a ser como antes”, acredita.
Todavia, Guglielmetti lista os principais pilares aplicados pela C&A, sendo:
1- Aplicativo
O app de moda da loja foi criado há 2 anos. Inicialmente como uma central de relacionamento, desta forma, cresceu com diversas funções, inclusive de compra.
“Quando estourou a pandemia, criamos uma campanha e canalizamos as ofertas no app de moda. Tínhamos 500 mil usuários ativos na plataforma. Hoje, são mais de 3 milhões de usuários por mês. Somos os app de moda mais baixado do Brasil”, afirma.
No entanto, Guglielmetti ressalta que melhoraram a experiência continuamente para saber porque o cliente mantém com app de moda instalado, por exemplo, “não existe cartilha para isso, que é novo para todo mundo”.
2 – Fast and learning
Lembrando, que este é o conceito de fazer rápido enquanto aprende.
“Isso é mais presente em empresas de tecnologia, não na C&A, que é mais tradicional, o que mudou bastante. Agora não tem mais time offline e online. Todos são responsáveis pela estratégia digital”, afirma.
3 – Drive-thru
“Aproveitamos lojas fechadas e, em três dias, fizemos o set up da operação que permitia comprar online e ir até o shopping, com agendamento prévio feito pelo WhatsApp, e retirar as compras. Muito importante que o local esteja preparado do ponto de vista de saúde”, reitera.
4 – Omnicanalidade
Então, o setor já existia na empresa desde 2016, mas o Compre e Retire cresceu exponencialmente, segundo o executivo.
“Antes, os pedidos eram enviados dos centros de distribuição.
Com a evolução do setor, as lojas passaram a separar os pedidos. Se a compra era feita em Manaus, não fazia sentido ser separada em São Paulo, por exemplo.
Com isso, integramos os sistemas de estoque das lojas físicas com o digital, o que nos deu uma vantagem competitiva importante”.
Isto posto, no ano seguinte o head, implementou 2 importantes partes, sendo elas:
- a Pick Up Store;
- e a Ship From Store.
Sendo estas, maneiras de vender os estoques das próprias lojas.
“Com a mudança descentralização dos estoques, aumentamos de 3% para quase metade dos pedidos enviados de lojas físicas. Isso fez com que aumentasse a oferta de produtos. Quando começou a pandemia, tudo já estava pronto”, relata Guglielmetti.
5 – CRM
Para tanto, o executivo, ainda revela que os clientes das lojas físicas, não eram registrados até pouco tempo atrás, precisando, desta forma, ser mudado a criação do programa de relacionamento da companhia.
“Começamos a registrar os clientes e identificar as vendas. Antes da pandemia, tínhamos 10 milhões de clientes cadastrados. Com a pandemia, foi mais fácil convidar os clientes para experimentarem o canal digital, mesmo quem não era fã da modalidade, pois as pessoas estavam mais propensas a isso. É um marketing individual”, ensina.
6 – Produtos
Do mesmo modo, as coleções da loja também precisaram se adaptar, segundo Guglielmetti.:
“Ninguém queria comprar roupa social na pandemia, porque perdeu a função. As pessoas queriam comprar moletom, pantufa, pijama. Com dados do analytics do squad ágil, monitoramos as tendências, acionamos a área responsável e aumentamos a produção dos produtos mais pedidos rapidamente”, explica.
7 – Dados
À vista disso, outro ponto importante são os dados, porém, não o fato de apenas tê-los.
“Ter dados é fácil, o difícil é usá-los da melhor forma. Achar cientistas de dados no mercado é bem difícil e eles têm papel importantíssimo por mexer com informações complexas e distribuí-las”, diz Guglielmetti.
“Também não adianta ter um time maravilhoso se a cultura da empresa não se conecta com esse time para que faça o que precisa fazer. Por isso, a participação da liderança na transformação digital das empresas é fundamental.
A pandemia deu o empurrão necessário para termos coragem de tomar certas decisões, pois o nosso normal nao era trabalhar com mudanças tão frequentes.
O nosso costume era sempre buscar a estabilidade. Mas não tinha como ser diferente. Mudar virou questão de sobrevivência”, finaliza o executivo.
Fonte: Ecommercebrasil
Seja o(a) Advogado(a) preparado(a) para o Mundo dos Dados e da Tecnologia
Desta maneira, com base na adequação com o mundo da tecnologia e inovação, o Direito é tipicamente atrasado. Porém, você pode se favorecer dessa situação, se beneficiando com um amplo aumento de poder competitivo ao implementar em suas práticas a Transformação Digital Jurídica.
Por isso, mister ressaltar que, é melhor ser protagonista das mudanças, ao invés de ter que “correr atrás do prejuízo”. Logo, não se engane, o mundo já é e será cada vez mais digital.
Assim sendo, um dos pontos mais importantes do mundo digital é entender como usar os zettabytes de dados produzidos anualmente. Estes que, atualmente são cerca de 40 zettabytes por ano para te auxiliar em suas tomadas de decisão. Por isso, é fundamental implementar em suas práticas o Direito Guiado por Dados.
Outra questão importante, que já é realidade é a Lei Geral de Proteção de Dados. Várias empresas estarão desprotegidas em um cenário de incerteza que irá só se agravar. Isso significa que você só tem uma opção: se preparar para agir de acordo com a LGPD o mais rápido possível.
LGPD no Brasil
De acordo com pesquisas realizadas no Brasil por empresas como a Accenture e Serasa Experian, em torno de 70% dos entrevistados tem medo de que seus dados coletados durante o trabalho, piore o tratamento recebido pelas companhias e que as empresas usem esses dados para espioná-los ou até mesmo como punição.
Segundo a IBM, no Brasil hoje 6 a cada 10 brasileiros já tiveram algum dado vazado, fato este, que quebra a confiança com o mercado e expõe o seu cliente. Desta maneira, empresas também temem possíveis ataques cibernéticos.
Um Advogado ou Advogada especializado na LGPD hoje sairá na frente, pois várias empresas estão precisando, neste momento de advogados qualificados para implementar as mudanças necessárias para evitar sansões.
Por fim, não é possível deixar de mencionar a importância das startups em todo esse processo de transformação digital, afinal, elas são o motor dessa transformação e do que chamamos de Nova Economia. Inclusive, o mercado para atuar como um Advogado de Startups é o que mais cresce nos últimos anos, sendo uma ótima oportunidade para os profissionais do direito que buscam sair da ingrata “corrida dos ratos” dos ramos tradicionais.
Clique aqui para fazer parte do nosso canal do telegram (conteúdos mais completos e exclusivos).